Vulnerabilidades Mais Comuns Encontradas em Pentests
- Douglas Leal
- 3 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 14 de mai.

Os testes de intrusão (pentests) são cruciais para descobrir falhas antes que invasores façam isso. E, por mais que cada ambiente tenha suas particularidades, algumas vulnerabilidades aparecem com tanta frequência que se tornaram "clássicos" do mundo da cibersegurança.
Neste artigo, vamos explorar as vulnerabilidades mais comuns identificadas em pentests, explicar como funcionam e por que elas continuam sendo exploradas até hoje.
1. Autenticação Fraca ou Inexistente
Sistemas sem autenticação ou com autenticação mal implementada são alvos fáceis.
Exemplos:
Logins com credenciais padrão (“admin/admin”)
Senhas fracas ou sem política de complexidade
JWTs sem expiração
Impacto: Acesso não autorizado a áreas restritas ou dados sensíveis.
2. Controle de Acesso Quebrado (Broken Access Control)
Um dos erros mais críticos e recorrentes. Mesmo sistemas com login seguro falham ao restringir o que cada usuário pode fazer.
Exemplos:
Um usuário comum acessa dados de outro apenas alterando um ID na URL (IDOR)
Acesso administrativo sem validação de função
Permissões mal atribuídas em APIs e backends
Impacto: Vazamento de dados, ações indevidas e escalada de privilégios.
3. Injeção de Código (SQLi, XSS, Command Injection)
Clássicas e perigosas. A injeção ocorre quando o sistema interpreta dados inseridos pelo usuário como comandos.
Tipos comuns:
SQL Injection: permite manipular ou exfiltrar dados do banco
XSS (Cross-Site Scripting): injeta scripts maliciosos em páginas
Command Injection: executa comandos no sistema operacional
Impacto: Comprometimento de dados, sessões, ou até mesmo controle do servidor.
4. Exposição de Dados Sensíveis
Sistemas que retornam ou armazenam informações pessoais ou confidenciais de forma insegura.
Exemplos:
Respostas da API contendo CPF, e-mail, senha, token de acesso
Dados armazenados em texto plano (sem criptografia)
Falta de máscara em campos sensíveis na interface
Impacto: Vazamento de informações, violação de LGPD/GDPR e perda de confiança.
5. Falhas em Configuração de Segurança
A famosa “misconfiguration” está no topo do OWASP por um motivo: é fácil de acontecer.
Exemplos:
Painéis de administração expostos na internet
Headers de segurança ausentes (CSP, HSTS, etc.)
Containers ou serviços mal isolados
Impacto: Acesso indevido, exploração de serviços ou negação de serviço.
6. Dependências Vulneráveis (Componentes com falhas conhecidas)
Frameworks, bibliotecas e plugins desatualizados são uma brecha comum — e silenciosa.
Exemplos:
Uso de bibliotecas com CVEs ativos
Falta de gestão de dependências em projetos Node, Python, Java etc.
Vulnerabilidades conhecidas exploradas via ataques automatizados
Impacto: Execução remota de código, desvio de autenticação, injeções, entre outros.
7. Falhas em Sessão e Gerenciamento de Tokens
Sessões mal implementadas permitem a um invasor se passar por outro usuário.
Exemplos:
Tokens JWT assinados com algoritmos fracos ou sem validação
Reutilização de sessão mesmo após logout
Impacto: Sequestro de sessão, acesso indevido e persistência no sistema.
8. Excesso de Informações em Erros e Logs
Mensagens de erro detalhadas são úteis para desenvolvedores — e para atacantes também.
Exemplos:
Stacktraces revelando caminhos internos ou comandos
Logs com senhas, tokens ou dados de requisição
Mensagens de erro expostas para o usuário final
Impacto: Engenharia reversa facilitada, exposição de dados e mapeamento do sistema.
Como mitigar essas vulnerabilidades?
🔐 Boas práticas:
Implementar autenticação multifator (MFA)
Aplicar o princípio de menor privilégio
Validar e higienizar todas as entradas
Manter dependências atualizadas
Criptografar dados em trânsito (TLS) e em repouso
Realizar pentests recorrentes
Conclusão
Essas vulnerabilidades são frequentemente exploradas porque são negligenciadas. Manter uma postura proativa, com testes de segurança contínuos e um processo de correção ágil, é o caminho para evitar incidentes graves.
Um Pentest bem conduzido revela esses pontos cegos antes que se tornem um problema — e isso vale ouro para qualquer empresa que lide com dados ou transações digitais.